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OS FUNCIONÁRIOS ROBÔS!

Segundo Passo

Jovelino conquistou uma vaga de trabalho numa grande empresa de construção, tendo como primeira missão a de acompanhar o trabalho em uma pequena obra. Ao chegar o local onde os trabalhos se desenrolavam, Jovelino encontrou dois funcionários trabalhando. Um furava um buraco e o outro vinha logo em seguida e fechava o buraco. Fizeram isso, felizes e contentes, por um tempo, quando Jovelino os interrompeu.

- Vocês estão de brincadeira? Um fura um buraco, o outro vem logo em seguida e fecha o buraco? Que idiotice é essa?

Os dois funcionários ficaram bravos com o novo chefe e disseram que eles eram funcionários qualificados, muito competentes, treinados, sendo reconhecidos como os mais especializados em abrir buracos de forma perfeita e fechar buracos maravilhosamente.

Foi quando Jovelino pediu que explicassem a ele o fundamento dessa atividade.

- Na realidade, essa atividade é desenvolvida por 3 pessoas. Eu, o primeiro, furo buracos perfeitos e sempre com a mesma profundidade. O que fecha os buracos é o terceiro e também o faz de forma competente. Entre nós tem um segundo, que tem o papel de colocar um poste no buraco, porém ele não veio trabalhar hoje. Mas nós continuamos a desenvolver a nossa própria atividade.

 

A narrativa acima, por mais esdrúxula que possa parecer, é muito mais comum do que possamos imaginar. Colaboradores que não se interessam em analisar toda a abrangência dos trabalhos que desenvolvem, não se comprometem, de verdade, com atendimento ao cliente final, não veem o impacto que poderá ter para a empresa se a sua atividade não for excepcionalmente executada.

E o que mais impressiona, é que muitas vezes a própria liderança da empresa não investe e nem se preocupa em acompanhar esse envolvimento, quando deveria estar mais preocupada em desenvolver suas equipes e possibilitar a todos o seu crescimento pessoal e profissional.

É que, um grande número de líderes, está tão envolvido com suas atividades de rotina, está com seu foco tão direcionado aos micros controles, que não vê a necessidade dessa postura mais assertiva da sua equipe.

Afinal, muitos líderes querem mais é enfiar as suas cabeças nos buracos, não se envolverem com o que não é da sua conta, e limitar-se ao seu quadrado, por mais minúsculo que muitas vezes seja.

E aí a concorrência agradece!

Um abraço e até a próxima semana.