Certo dia, Jeremias, um dedicado e muito bom representante comercial, desembarcou na rodoviária de uma pequena cidade situada no oeste de Minas Gerais, para passar ali dois dias de trabalho, apresentando seus catálogos de produtos diversos.
Após sair da rodoviária, Gegê se deparou, ainda na calçada, com uma grande movimentação que vinha descendo a rua. Ficou parado ali e notou que era uma apresentação de um grande circo que se instalara na cidade. À frente, vinha um palhaço fazendo malabarismos, e aquele cortejo estava já próximo de onde Gegê se encontrava, ao lado de outras 5 pessoas, que eram um caipira e seus três filhos pequenos. O palhaço fez um sinal e a comitiva parou ali em frente a eles e ocorreu o seguinte diálogo:
- Vamos fazer uma experiência com esses 5 caipiras que estão aqui (eram Gegê, o caipira e os três caipirinhas). Você com a esse blazer e com essa mochila na mão, conhece o que é um elefante?
Sem esperar pela resposta de Gegê, o palhaço fez a mesma pergunta aos 3 meninos. Eles, é claro, numa haviam visto um elefante e não tinham ideia do tipo de animal isso seria.
Então o palhaço amarrou uma venda aos olhos dos meninos, de forma que não enxergassem nada, e colocou em frente a eles um elefante enorme, dócil e muito alto, e orientou aos meninos que fossem tateando e, sem saber de nada, segurassem numa parte qualquer do corpo do elefante e, com base nisso, pudessem descrever e definir de que tipo de animal se tratava.
O primeiro menino segurou na tromba do elefante e acabou por defini-lo como um tipo de uma cobra, um pouco diferente, mas que deveria ser uma serpente própria daquele lugar.
O segundo menino segurou firmemente na perna do elefante e disse que nunca vira um animal como aquele, que deveria ser uma espécie de poste, ou mesmo um tipo de um mourão de cerca.
O terceiro segurou no rabo do elefante e afirmou que seus irmãos estavam totalmente errados, pois elefante deveria ser um animal pequeno, franzino e fraco, pois era fino e lembrava um espanador.
Ao retirarem as vendas dos olhos, os meninos se assustarem com o tamanho do elefante e viram que estavam totalmente errados.
Gegê foi embora, mas ficou pensando consigo mesmo, pois a empresa que representava estava num processo de implementação de um SISTEMA DE COMPLIANCE e adequação à LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados – e aquela experiência “falou” muito com ele. Ele viu que, na atividade de vendas que ele desenvolvia, ele tinha acesso aos dados de seus clientes, conhecia as famílias de seus clientes, e que esses dados, muitas vezes, não eram cuidados adequadamente por ele e pela empresa. Da mesma forma, quantas vezes ele recebia propostas para flexibilizar as negociações com base em vantagens pessoais que lhe seriam proporcionadas e que a empresa nunca se preocupara em orientar a ele, e aos mais de 120 outros profissionais de venda da empresa, sobre esses riscos.
Gegê lembrou que os meninos erraram em suas definições do que seria o elefante, mas eles definiram com base nas suas percepções, na quantidade de informações que lhes foram proporcionadas e, a partir daí, concluíram o que seria o animal.
Nas empresas, especialmente naquelas em que não existe um processo adequadamente estruturado para comunicação e conscientização das pessoas sobre as suas atividades e objetivos, cada um pode ter seus próprios entendimentos e praticar as ações de acordo com o que imaginam ser a atividade que desenvolvem.
Um pequeno investimento num bom SISTEMA DE COMPLIANCE e um adequado projeto de ADEQUAÇÃO À LGPD trazem excepcionais resultados às empresas e contribuem, fortemente, ao atingimento dos seus resultados.
Afinal, já imaginaram se a tromba estivesse no lugar da perna do elefante?
Um abraço e até a próxima semana.